Irmãos Campana: 35 Revoluções

, 2020

MAM - Rio de Janeiro, Brasil

Fernando e Humberto Campana são os autores de um “sistema de criação” constituído na essência em cima de uma revolução feita a partir de algumas instâncias pessoais, perseguindo o mito da totalidade. Na maioria das obras os irmãos Campana exploram, com uma consciente veia romântica, as tensões de um imaginário que escolhe os materiais na base da simbologia que eles evocam e pelo caráter alusivo dos mesmos.

Fernando Campana escreve: “Acho que a tarefa dos artistas è construir pontes entre as categorias, criar ligações entre arte, design, pensamentos”. Intui-se, nas obras e nos projetos dos irmãos Campana que para eles as imagens não representam o mundo: o criam. Segundo Joseph Beyus: “Cada homem é um artista”, disso resulta uma concepção estética onde a arte se torna uma prática capaz de melhorar as relações do homem com o mundo. Esta forma de entender a arte è a base de toda a pesquisa de Fernando e Humberto Campana.

Humberto Campana declara: “Experimentar para mim significa esperança de vida, conexão com a vida, amor pela vida. Isto acontece com maisfrequência em tempos de crise. Para mim experimentar é sonhar”. A poética com a qual se expressa a obra de Fernando e Humberto Campana passa pela técnica do assemblage e o ato de “juntar elementos”. O assemblage para eles é a suma das experiências, este método conduz os Campana na pesquisa de um novo conceito de espaço com uma abordagem mais sofisticada. Fernando e Humberto Campana seguem rigorosamente a lógica das próprias obras, sendo lineares e precisos nas apresentações e conseguindo ser românticos, cubistas, barrocos, abertos em direção a um fetichismo moderno do objeto. Esta exposição aborda os irmãos Campana através de instalações e ambientes, uma espécie de site-specificity que quer que os espectadores mergulhem dentro de uma poderosa dimensão sensorial: não só pelos olhos, mas também por todos os sentidos, os quais são solicitados e convidados a “atravessar o espelho”, como Alice.

Através destas 35 revoluções de Fernando e Humberto Campana, é possível perceber a ligação das obras com o espaço, a relação com o tempo e a interação com o público. Estes aspectos são estudados e desenvolvidos pelos dois irmãos Campana especificamente para o MAM do Rio de Janeiro. O objetivo é a construção de um ambiente emotivo em qual cada obra se apresenta como oportunidade de diálogo e como expressão de uma história dentro de um contexto. Bem vindos no mundo dos Irmãos Campana!” Francesca Alfano Miglietti

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